quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012



Saio do chuveiro com meu cabelo molhado, pego minha toalha automaticamente, nem ao menos reparo nos minhas mãos que percorrem meu corpo e chegam aos meus cabelos loiros...meus pensamentos estão longe, faço sem perceber uma viajem ao meu passado, vendo tudo que me levou até ali, faço uma inventario dos meus pequenos momentos, das minhas lágrimas abundantes, dos meus sorrisos incontroláveis, das minhas ironias, dos meus sarcasmos, dos meus amores imbecis... do meu eu incorrigível.
Atravesso o corredor  em direção ao meu quarto, coloco minha camisa velha de flanela e me enfio debaixo das cobertas...
E então eu pensamento corre rapidamente em direção a você e tudo em mim começa a doer em uma fração de segundos. Eu não acredito no que fiz comigo, no que fiz contigo... eu distanciei a coisa que mais importava pra mim. E porque ? 
Talvez seja por causa dessa mania idiota que eu tenho de provar pra mim mesma que eu posso suportar tudo, até mesmo a tua ausência e dor que ela provoca... 
Talvez seja para provar que eu ainda sinto algo aqui dentro, que eu ainda consigo sentir algo que não seja um vazio...
Eu não sei mais o que fazer. Essa saudade toda me corroí noite e dia, ela é insuportável,  ela me  persegue por todos os lugares... mas eu gosto dela, eu procuro por ela também... parecemos até duas pessoas que se repulsam mas que são atraídas diariamente por um imã imaginário que não sei porque tenho incerteza de chamar de amor.
Lembro então do seu sorriso, do seu sotaque, do seu toque na minha mão, dos seus lábios nos meus... e a saudade aperta mais forte todo o meu corpo. Sinto as lágrimas escaparem e escorrerem pelo meu rosto, nada mais posso fazer...
Parece que a saudade é a única coisa que me prende ainda à você.
-T.

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